Cartas de Maio (11)

Foto cedida por Magno Herrera - Fotografias

Durante a elaboração do livro Sob a Luz recebemos alguns amigos espirituais interessados em “se fazer ouvir”. Aqui estão eles:

Um Diálogo (auxílio)

Por que todo este desejo infeliz de produzir a bondade? Ser bom, auxiliar, pra quê?

Não existe homem sobre a Terra, um só homem que não tenha praticado algum tipo de delito.

Então não sejamos hipócritas, vestindo uma máscara e guardando todos os nossos destroços para parecer humildes e benevolentes.

Eu não me faço de santo. Nunca ignorei minha crueldade, meu desejo de ser imbatível, amontoando títulos que adquiri em todas aquelas guerras cobertas de sangue.

A idolatria nunca me cegou, porém minha vaidade deslumbrou um povo inteiro me idolatrando. Adoro o fato de ser imortal invencível.

Tenho exércitos a minha mercê e nada nunca me aniquilará, pra quê fazer o bem se nenhum bem me traria?

Escuto inúmeras perguntas, mas para todas elas a mesma resposta: não. Eu não tenho ninguém para me lembrar, não sei desse Jesus e eu não cansei de viver assim.

Eu sou livre e essa liberdade apenas é concedida como prêmio para os corajosos, os fracos não têm nada, ouviu, nada!

- Você veio para quê?

- Vim porque vocês me trouxeram, mas eu já vou embora porque meu lugar não é aqui, não tenho intenção nenhuma de ficar.

- Você não gostaria de aproveitar esta oportunidade para receber maiores esclarecimentos sobre outra maneira de viver?

- Que outra maneira?  Para mim existe apenas uma, a única que conheço.

-Você seria muito útil auxiliando irmãos necessitados em esferas sombrias, devido a sua experiência de guerra e espírito de liderança.

- Com toda certeza tenho muita experiência.

- Você deve ter lutado também para liderar um povo que muitas vezes viveu carente, com fome, cheio de pobreza, deve ter sido um grande líder.

- É verdade, mas isso foi há muito tempo, tanto que já não me lembro.

- Tente se lembrar, isso é apenas um bate papo amigo.

- Naquela época eu era jovem, um visionário, estava inconformado com a maneira como o povo era tratado. Eu consegui virar rei honestamente, me afeiçoava àquelas pessoas, os tratava com honra e respeito. Eles tiveram os seus melhores anos comigo e posteriormente também os piores.

- O que aconteceu?

- Eu conheci uma jovem que tocou meu coração – Amália, ela era serva no castelo. Eu respeitava todos igualmente, não havia castigo ou punição.

Eu a cortejei e nos aliamos vivendo em matrimônio, ela era a minha razão de viver. Eu tinha ideias fantásticas, modernizei a lavoura, ela engravidou e um dia, de repente houve uma rebelião.

Eles invadiram o castelo e quando pretendiam me ferir, Amália me salvou e morreu em meus braços, desde então eu não os perdoo.

- Sinto muito, mas e Amália? Você não deseja reencontrá-la?

- Não é possível, já faz muito tempo.

- Irmão, tudo para Deus é possível. Ela sempre ora por você.

- Como? Amália? Minha querida Amália?

- Sim. Veja irmão, Amália.

- Eu não posso vê-la.

- Então eleve seus padrões vibratórios, tente iluminar-se, lembre-se de coisas belas, dos momentos felizes que passaram, não pense em mágoas, apenas mentalize os bons momentos.

- Agora sim, eu vejo uma luz que é capaz de cegar-me. Sinto alguém me abraçando e agora sinto sono.

- Então, fique calmo, irmão. Amália conseguiu te tocar, durma tranquilo em seus braços e quando acordar ela conversará contigo.

Vá com Deus.

      18/11/12

Tarcísio

Nós alcançaremos a satisfação de viver em paz.

Haverá um dia em que vocês poderão viver sem essa angústia, sem este sentimento de opressão que sufoca. Os tempos atuais estão cheios de negatividade e escuridão.

As mentes das pessoas tumultuadas só carregam formas pensamentos de desastres e tragédias.

Ninguém mais se lembra de um ato de bondade desinteressada. Até mesmo entre os parentes mais próximos isto é inexistente.

Isto é o que se sente, este peso nas costas. Toda taquicardia repentina para aquele que não é um cardiopata é um sinal de mediunidade e mediunidade minha cara, está contigo de noite ou de dia, em qualquer dia da semana, assim como nos feriados.

Mediunidade para os católicos ou ateus, para todos a qualquer momento.

Tudo depende desta sintonia, da tal vibração. Se você não vigia seus pensamentos e sentimentos, se vacila nas ações ou se envolve em demasia com os assuntos materiais, pronto! Caiu à vibração e aí, você está sujeita a toda e qualquer influência daquela massa que se liga nas mesmas coisas, entendeu?

Não há com o que se preocupar, a verdade é que são muitos os incrédulos.

As pessoas necessitavam das mesas girantes antes e hoje também porque os olhos precisam ver, não basta sentir. 

Eles duvidam do que se passa na própria carne, quem dirá quando o médium é o outro.

Todos querem investigar.

Desacreditam quando a mensagem é bendita e, quando é leviana, apenas creem que o suposto médium é um farsante pessimista, um delinquente controlado ou fanático mentiroso.

São tantos “blá-blá-blás” que eu me cansaria de argumentar. Este é o meu ponto de vista, mas aí minha cara, ninguém me respeitaria mesmo, pois não somos famosos, ninguém deseja saber de nós.

Eu gosto de observar, analisar a nossa espécie e o seu comportamento, para mim sempre foi entusiasmante.

Creia que períodos melhores virão, não duvide do seu propósito. São muitos ao seu lado necessitando de auxílio e te auxiliando.

Deus não desampara Seus filhos.

Boa sorte e bom trabalho!
25/11/12

Dona Augusta

Eu via os rostos deles. Em cada um pude notar expressões tão diferentes: angústia, tristeza, curiosidade e até satisfação.

Eu estava tão atordoada, levou um tempo para perceber, de fato, onde eu estava; aí me desesperei!

Eu não conseguia me mover, tentava gritar e nada!

Minha filha estava um trapo, em frangalhos se aproximava de mim. Derramava lágrimas discretas, porém comoventes, arrumava o véu que me cobria.

Eu pude ouvi-la, mas notei que seus lábios não se moviam: “Eu podia ter feito mais por ela...”

Naquele momento minha vontade era dizer que ela certamente estava errada. Eu recebi tanto, ela foi e é uma filha maravilhosa, nunca me abandonou.

Nos momentos finais eu chorava de dor e ela não fazia outra coisa senão estar ao meu lado. Procurava fazer todas as minhas vontades.

Eu não queria vê-la sofrer!

Quando ela se afastou da urna eu avistei com muita dificuldade parentes e amigos, mas entre eles alguns tinham aspecto anormal.

Então se aproximou de mim um casal que sorria.

Eles estavam vestidos com uniformes brancos.

Enquanto ele mexia em mim com um aparelho que desconheço, ela segurou minha mão, aquilo já me tranquilizou.

Ela tinha um semblante sereno que dava confiança, logo ela disse:

- Venha, pode sair!

Eu tentei e desta vez consegui sair, me senti tão leve que tive vertigem e um pouco de náuseas, quase caí.

Alguns dos presentes me viram, outros não.

A maioria não me viu, mas aqueles que me enxergaram fizeram um pequeno aceno com a cabeça e um leve sorrisinho.

O casal me amparou para conduzir-me e o moço falou:

- Despeça-se, iremos partir. Você precisa de repouso, quando for permitido poderá visitá-los.

Eu só olhava para ela, minha filha é a mulher mais bonita que conheço, gentil e carinhosa. Sempre está de bom humor, eu adorava pentear os seus cabelos.

Eu, naquele momento, desejei que ela fosse feliz e que Deus a protegesse.

Agradeci tudo o que ela fez por mim.

Aí nós partimos e eu dormi, dormi tanto.

Agradeço a oportunidade e mando um abraço para Ofélia.

02/12/12

José Augusto

Eu me concentrei numa forma desvairada de me manter são. Para coordenar meus pensamentos fazia um esforço enorme.

Chamavam-me louco, mas ninguém podia imaginar como era inconveniente ouvir todas aquelas vozes.

Detestavelmente eu me contorcia entre as visões e os gritos que latejavam em minha memória.

Eu era uma figura tão inconsistente, que senti certo alívio quando me alojaram num recinto onde todos era parecidos comigo.

Naquele momento eu pude falar a vontade. Exibia aqueles movimentos constantes de doentes mentais e ali, naquele lugar, quase todos tinham esta atitude, então eu estava finalmente entre os meus.

Por vezes me senti só. Tinha saudade do pequeno contato que vivenciei com meus familiares.

Tinha muitos irmãos, todos sentiam vergonha de mim. Eu sei que meus pais me amavam, mas foi mais fácil para eles aceitar que eu deveria viver isolado, sob tratamento constante, já que eles deveriam viver sua vida, cuidar da saúde.

Coisas assim procuram me entristecer, mas aí eu olho as flores, me acalmo e percebo que depois da internação

– fiquei mais de vinte anos internado

– eu pude ser trazido para cá, onde me tratam tão bem.

As vozes, nunca mais as ouvi, foi como se me livrasse de grandioso fardo acoplado às costas. Adquiri um belo semblante e quando ando apresento uma boa postura, sem tiques ou espasmos.

Gosto de ler, participo de várias palestras destinadas àqueles que falharam como médiuns.

Infelizmente não pude desempenhar o papel ao qual fui destinado.

Não culpo ninguém, meus deslizes só cabem a mim.

Desejo que você possa se controlar muito mais do que eu. Permaneça na caminhada de sempre, pois só quem vence é aquele que não foge a luta.

Boa sorte!
16/12/12

Ernesto Galvão

Que Jesus nos inspire a persistir no bem, que Ele nos encoraje frente às dificuldades e possa nos guiar nas terras do egoísmo e da luxúria.

Porque todos nós somos filhos de Deus.

Tenho a certeza de que um dia teremos a ascensão devida, rumo à sensatez a que somos, temporariamente, privados por nossas imperfeições morais, tudo passará!

E como é bom, irmãos, enxergarmos claramente na imensidão do todo.

Sentir o prazer de fazer parte de uma multidão de seguidores do mestre é inexplicável.

Eu lhes digo apenas não se esquivem de tentar, uma, duas, um milhão de vezes.

Tentar alcançar essa plenitude é buscar.

Eu lhes digo apenas não se esquivem de tentar, uma, duas, um milhão.

Aquela fagulha que brota no seu íntimo, é nela que você encontra forças para dar mais um passo apesar de todo o cansaço, é nela que está todo o sentido.

Prossiga...
06/01/13

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Naquele dia foi como um clarão que tudo retornou à minha mente.

Incrível como a realidade se apresenta para nós diante de tanta confusão mental. Eu conjecturava coisas que há muito estavam esquecidas. Vieram à minha mente fatos históricos e mesmo os meus fatos marcantes. Fatos que só interessavam a mim.

Questões tão particulares que não se revela ao melhor amigo. Alguns detalhes ocultos e mesmo obscuros de minha vida.

Eles foram os responsáveis por minha peregrinação no vale das sombras por tantas décadas.

E em fração de poucos segundos tudo reacendeu em minha mente.

Bastou uma pequena fagulha de emoção sincera ligada ao bem. Quando eu a vi senti um calafrio, soltei um grito ensurdecedor e desmaiei.

Ela docilmente me acolheu em seus braços e me transferiu para a colônia em que me acho hoje.

Sua mãe sempre foi mulher fiel e corajosa, mas eu necessitei sofrer deveras para perceber isso. Não me julgue, eu já faço isso e inutilmente me arrependo das vezes que a maltratei.

Ela me diz o tempo todo que isso ficou para trás e eu tento não me lembrar, mas hoje são lembranças fortes que não me soltam. O importante de tudo isso é saber que devemos confiar no outro, mesmo que todos digam que estamos errados.

Quem ama deve confiar. Amar com liberdade é amor.

Todo o resto é tortura e egoísmo.

Eu sofro porque errei, mas sou grato por todo o auxílio que recebi. Já pedi perdão à Joana e ela me provou o seu perdão em todo empenho travado para me resgatar, mas filha, eu sei que te fiz sofrer por todas as cenas de violência que plantei na casa paupérrima.

Hoje eu lastimo o péssimo pai que fui e te peço perdão.

Não pense que todos são como eu. Não é assim.

Existem homens conscientes do seu papel de esposo leal e podem te amar como você merece.

Eu também te amo, apenas fracassei e não soube demonstrar o melhor que eu poderia ter sido.

Sentindo o seu perdão eu certamente poderei caminhar mais tranquilo e em paz. Que Deus te abençoe filha.

Um abraço carinhoso.

 João Pedro.

15/05/16

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O sofrimento é grande sim, muito grande. Eu senti fome, frio e saudade do que vivi.

Algumas cenas não se apagam e por momentos intermináveis as lembranças são como um filme que passa sem parar.

Normalmente o que via da minha vida era o meu fracasso. As entidades ligadas em fazer o mal se aproveitam disso para nos fazer de subalternos e nos arrastam para fazer trabalhos escravos.

Eu sempre gostei de roubar, hoje me esclareceram dizendo que isso é doença. Diversas vezes cometi o delito do roubo, isso se arrastou por existências sucessivas e na última eu me prestei a roubar pequenos pertences de todos aqueles que me cruzavam o caminho.

Roubei sem a menor necessidade porque nasci numa família abastada e não passei necessidades materiais.

Em decorrência disso acabei comprometendo um grande amigo de faculdade. Acreditaram que, por causa da sua situação financeira menos favorecida que a minha, ele era o ladrão e foi culpado por roubar uma joia de uma professora.

Meu amigo não entendeu nada, mas eu não podia revelar que era o criminoso, isso acabaria com a minha reputação.

Ele foi preso e infelizmente teve um desencarne difícil na penitenciária.

Eu nunca superei este fato.

Claro que me arrependi, mas após o desencarne foi que realmente paguei pelo crime cometido. Hoje tudo está bem.

Eu estou em contato com meu amigo que soube me perdoar porque ele sim era honrado, nunca eu.

Estou aprendendo e aceitando o que deve ser a ética e o respeito às coisas alheias. Acredito que numa nova oportunidade possa regressar com limitações físicas para expiar.

Apenas assim poderei me comprometer a aprender o que for adequado à minha evolução não me apoderando de nada que for de terceiros.

Em tudo o amor de Deus nos beneficia.

Grato pela oportunidade.

Osmar

15/05/16

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Eu o amei com fervor.

Quando o vi não pude esconder um brilho nos olhos e um desejo incontrolável de tê-lo comigo, mas ela estava entre nós.

Sempre foi ela.

Ainda é difícil para mim exprimir sentimentos elevados em relação aquela mulher.

Tento entender que eles eram casados e eu fui o empecilho para a felicidade de ambos como me explicam aqui.

No fundo eu ainda me sinto uma vítima, pura loucura. Ela era minha amiga. Uma doce amiga de infância que tomou um rumo diferente e nos separamos por anos.

Quando reencontrei a Amanda ela estava casada com ele e vinha com um filhinho nos braços. Aquele homem me fez pirar.

Eu sonhava com ele e a Amanda me convidando para os jantares em sua casa nem imaginava que eu incontrolavelmente o assediava.

Deve ter sido difícil para ele me evitar, eu sempre fui bela. O fato é que nunca houve nada.

Ele foi fiel, amava minha amiga e passou a me detestar. Quanto mais me evitava, mais me enfurecia e eu passei a fazer comentários para Amanda.

Eu enganei, menti e deixei minha amiga maluca de tanto ciúmes até que eles se separaram e eu nunca consegui o amor do Otávio.

Fomos duas desgraçadas que morreram sozinhas e desprezadas.

Nos perseguimos tanto e do que serviu tudo isso?

Eu não sei o que é o amor e nem o que é ter família porque não tive ninguém pra me amar.

Aqui na colônia fiz amigos e tenho um trabalho que me faz refletir sobro o amor, mas eu não sinto nada.

Eu penso que aqueles que acharam o seu amor devem cuidar dele.

Valorizar e respeitar a todo instante.

Amar o próximo como a si mesmo disse Jesus.

Ele estava certo porque eu não posso amar o outro se eu não me amo.

Eu não estou preenchida por mim e não posso amar ninguém enquanto for tão seca de sentimento.

Está previsto que retornemos como uma família, nós três.

Amanda e Otávio devem se unir em matrimônio para concretizar o que antes foi desfeito e eu serei a filha do casal para que eles possam me conduzir no caminho de Deus e me amar.

Quem sabe assim eu estarei preenchido pelo amor deles e conseguirei sentir este amor tão abençoado.

Eu desejo que vocês possam praticar o amor.

Odete

15/05/16

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Todas as histórias de vida são importantes e enriquecedoras. Se tivermos o rico propósito de refletir sobre estas nuances poderemos aprender enormemente.

Eu também achei que nada existia deste lado e vivi emudecido frente ao deslumbre dos bens materiais.

Apesar de minha vida longa posso afirmar a inutilidade do meu ser porque não adquiri as verdadeiras riquezas que são aquelas ligadas ao Espírito.

Não elevei minhas virtudes, nem mesmo auxiliei um  semelhante, apesar da possibilidade do ato.

Hoje acho que não fiz nada. Eu perdi minha encarnação por convicções inadequadas.

Minhas tolas crenças fizeram de mim um homem acovardado em prosseguir com o que realmente interessava.

E assim um dia tudo se findou.

Eu, velho e cansado, acreditei que seria simples o meu fim.

Um completo apagar da consciência e mais nada.

Eu me equivoquei.

Quando o coração físico deu a última batida, o coração espiritual ainda batia forte e no compasso.

Era como se nada tivesse acontecido.

Eu abri os olhos como mais uma piscada e todos os entes queridos que não foram tão amados assim, apenas se comprometeram a tratar dos procedimentos legais referentes ao meu sepultamento e a divisão dos bens.

Eu fiquei no lar porque não sabia para onde ir.

Eu não entendi nada.

Eles não me viam, nem me ouviam porque também não acreditaram nas coisas celestes.

Foi o meu legado - a materialidade.

Foi triste ver que não sentiam minha falta e falavam de mim com certo desprezo.

Eu sofri a solidão na casa, entre os meus.

Fiquei assim por anos até que num dia especial recebi a visita do meu avô. É tudo estranho.

Eu não condeno tantos de vós que também não acreditam porque para os desencarnados também é duvidoso.

Vocês vão passar por isso e eu espero que recebam orações.

Que Deus abençoe a todos e nos perdoe por nossos ledos enganos.

Afonso   

15/05/16

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Clarita me perdoe porque eu não aguentava mais aquele sofrimento.

Eu sei que te fiz sofrer e me arrependo por isso. As drogas sempre foram uma fuga para mim.

Uma oportunidade de viajar e me esquecer um pouco daquela vida tão ruim.

Nós combinamos sair, nós combinamos que seria diferente. Você iria me ajudar e eu iria ajudar você, mas não deu.

Naquela noite foi pior do que sempre e eu surtei.

Não dava mais pra enfrentar. Não se desgaste tanto amiga. Todos nós temos da vida o que é necessário para superarmos e enfrentarmos as dificuldades, mas eu fracassei.

Sempre teremos outra chance porque a verdadeira vida é a imortal, nada se acaba. 

Veja que estou bem, lúcida e feliz.

Não posso reclamar porque recebi socorro e cuidaram de mim Clarita.

Faço tratamento para desintoxicação porque é grande a vontade de entrar em contanto com viciados, eu passei por isso algum tempo.

Andava por aí e me drogava, virei um farrapo, mas recebi o socorro e agora sigo a risca tudo o que me pedem. Estou estudando amiga e gosto muito das aulas.

 Aqui tudo é bom e estou em contato frequente com a tia Vivi. Então tenha a certeza de que é tudo possível deste lado.

As coisas boas acontecem para todos os que pensam no bem.

Temos que nos esforçar e seguir os passos de Jesus porque Ele é nosso médico Clarita.

 Eu te amo.

Oro por você e torço para que você consiga o que eu não consegui, mas não se culpe, meu fracasso pertence a mim e eu tentarei de novo.

Na próxima sairei vitoriosa.

Um beijão.

Silmara.

15/05/16

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Amigos espirituais interessados em “se fazer ouvir”

Vovô Cosme

Porque tudo está ao seu alcance não significa que possamos entrar em contato até com aquilo que nos faz mal.

Existe uma lei que rege o universo.

Compreenda que nada foge a lei do retorno.

Não adianta falar que é inocente, que não merece.

As pessoas atraem pela simples forma de pensar, pelo desejo manifesto do que se idolatra.

Elas desencadeiam reações impulsivamente, reações que nem sempre as afetam de forma positiva.

Não existe para isso uma receita filosófica, quem nunca se eximiu de algo errado?

Todos nós erramos e é assim que adquirimos nossa bagagem de conhecimento, pela aquisição de lembranças, de testes, de tentativas que felizes ou não nos torna conhecedores da vida.

Eu acredito sim, que alguns poucos Espíritos cresceram tanto em inteligência e sabedoria, mas muito mais em moralidade, que conseguiram fazer suas escolhas com astúcia e, por isso, tiveram o percurso para sua evolução reduzido, mas nós seres convencionais levamos um longo tempo para aprender.

Isto envolve saber, primeiramente, quem é você como espírito imperfeito.

Conhecer e aceitar seus deslizes e desejos facilita o treinamento para ser melhorado.

E isso é possível, acredite!

Quando você passa a se tratar com mais respeito do que com críticas, consegue ser mais tolerante e escolhe melhor os caminhos a seguir.

Isto está para todos.

A tarefa da evolução é bem árdua, mas todos nós chegaremos.

Um abraço.

Vovô Cosme